segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Comunicação e vida

Comunicação e vida:
Diversidade e Mobilidade
Profundas reflexões emergem deste terreno fértil e ainda desconhecido, a comunicação enquanto estado de sobrevivência humana cada vez mais vai perdendo espaço para a comunicação no terreno midiático e tecnológico. A tecnologia torna-se uma aliada no processo de disseminação de informação e lazer, porém os avanços tecnológicos, não foram acompanhados de perto pelos setores educacionais, familiares e religiosos. A sociedade entendeu que para estar “plugada” nas novas mudanças a mesma teria de participar do processo no âmbito apenas econômico, passando a ser mais consumidora do que uma usuária.
De forma crítica, é difícil conceber que na realidade contemporânea, ainda estejamos engatinhando para um pleno diálogo com a comunicação e suas ramificações. As promessas de Diversidade e Mobilidade estagnaram na falta de senso crítico do usuário, que não observa na simplicidade diária, as incoerências que interferem diretamente no bom uso dos novos canais de comunicação. Um exemplo clássico é a falta de aptidão para memorizar números de telefones, temos dificuldade até de decorar o nosso próprio número, beirando o absurdo de não saber ligar para ninguém se a bateria do celular estiver descarregada. Não tem auto estima que resista ao TWITTER, pois muitos usuários passam a ser seguidores de “celebridades” numa expectativa de que suas mensagens sejam respondidas dentre os milhares de outros seguidores.

A promessa de Mobilidade estancou, vemos cada vez menos grupos de amigos sem aparelhos tecnológicos, parece que o virtual tem prioridade em detrimento do real, onde vivemos pedindo licença para atender alguém que nem ocupa aquele ambiente, naquele exato momento. Pergunto se isso não beira a falta de educação? Quem vai avaliar tudo isso? Se não esta geração, que forma filas quilométricas para comprar um novo Iphone, sem ao menos ter utilizado todos os aplicativos do seu já “defasado” smartphone.

Não considero a demonização dos meios de comunicação uma saída e sim um entrave a plena diversidade das informações. Temos acesso a conteúdos nunca antes imaginados, podemos assistir a depoimentos de personalidades históricas e vê-las mudando de opinião a todo o momento. É direita que vira esquerda (vice e versa), crente que vira ateu (vice e versa), homem que vira mulher (vice e versa). A quantidade de vice e versa, mostra o nosso calcanhar de Aquiles.

A falta de convicção. Sem esta ferramenta estaremos sem mobilidade social e midiática, porque nós mesmos engessamos o nosso sagrado direito de “ir e vir”. Ferir a diversidade da informação é retornar a censura, é evitar que acontecimentos históricos como no caso do Egito, aconteçam e derrubem governos ditatoriais. Talvez o medo de tanta informação, seja a revelação de Cristo onde nada existe de tão encoberto, que não venha a ser descoberto e nada de tão oculto, que não venha a ser revelada. Informação é vida e vida é liberdade de expressão sempre.     
  
       

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