quarta-feira, 18 de maio de 2011

OAB/DF no combate ao bullying

Extraído de: OAB - Distrito Federal  -  9 horas atrás
Brasília, 18/05/2001 - O presidente da subcomissão de saúde da Comissão de Direitos Humanos da OAB/DF, Charles Junior, participou nesta terça-feira (17/05) de audiência pública de combate ao bullying na Câmara Legislativa do DF. A iniciativa de debater o projeto que dispõe sobre essa política nas escolas públicas e particulares do DF foi dos deputados Cristiano Araújo e Agaciel Maia.
Em seu discurso, Charles Junior afirmou que é um assunto de extrema urgência. Necessitamos de políticas públicas inteligentes e céleres para tratar do problema. O advogado apresentou o projeto da cartilha sobre bullying elaborada pela Comissão de Direitos Humanos da OAB/DF. Houve a preocupação de criar um texto que pudesse atingir a maior quantidade de pessoas, da forma mais didática possível. Para ele, não adianta apenas distribuir milhares de cartilhas pelas escolas, nosso objetivo é levar o assunto e disseminar conhecimento, de forma a prender a atenção dos estudantes, usando palestras, peças de teatro e premiações aos alunos que desenvolverem trabalhos sobre o tema.
Brasília é a maior cidade em que existe bullying, frisou Cristiano Araújo. O deputado ressaltou que a capital do país foi apontada pelo IBGE como a campeã de bullying. De acordo com os dados, 35,6% dos estudantes disseram ter sido vítimas da agressão. Ou seja, de cada 10 alunos, três sofreram bullying. Nossa intenção é debater o assunto e dar o pontapé inicial para a discussão aqui em Brasília.
Na abertura do evento, um grupo de rap do Centro de Ensino Fundamental 312, de Samambaia, cantou Diga não ao bullying, deixa o amor prevalecer. De acordo com um dos membros do grupo, temos que tomar alguma providência. Para alguns pode parecer divertido, mas para aquele que está sofrendo bullying não é engraçado. Isso se reflete na sociedade, porque o aluno pensa em abandonar a escola.
O evento contou com a participação de representantes das secretarias de Educação, de Segurança Pública, da Unesco, de deputados, advogados, pedagogos, líderes religiosos, pais e alunos. Isso demonstra grande interesse da população sobre o assunto, avaliou Agaciel Maia. Para ele, é fundamental o papel da Câmara Legislativa na discussão desse assunto que afeta toda a sociedade, que também está sendo discutido no Senado e na Câmara Federal, para que se estabeleça uma legislação federal.
O consultor educacional Ricardo Chagas, que criou o projeto nacional Caixa de Ferramentas, estimulou a reflexão acerca do impacto das atividades de entretenimento (filmes, games, desenhos, sites) no desenvolvimento biológico, psicológico e social dos jovens. Chagas destacou o jogo GTA: É um jogo em que o personagem principal trabalha para a máfia, recebe dinheiro do tráfico de drogas e mata pessoas. Na última parte do jogo há uma cena de sexo explícito. Isso é muito grave!.
Segundo o psicólogo José Augusto Pedra, o bullying é velado. Acontece de aluno para aluno, atingindo jovens que não têm habilidades de defesa. O psicólogo apontou três situações que caracterizam o bullying: agressões feitas de maneira repetitiva; quando a agressão causa constrangimento; e a desigualdade de poder ou força física. Ressaltou ser necessário capacitar os professores para que possam diagnosticar a situação e encaminhar as crianças, adequadamente.
Reportagem: Thayanne Braga
Assessoria de Comunicação OAB/DF

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